Barcelona supera Real Madrid por 3 a 2 e conquista 32º título recorde da Copa do Rei

Barcelona supera Real Madrid por 3 a 2 e conquista 32º título recorde da Copa do Rei

Barcelona leva a melhor em clássico histórico na estreia da nova La Cartuja

Uma final entre Barcelona e Real Madrid nunca é apenas outra decisão de futebol. No dia 26 de abril de 2025, as duas equipes colocaram tudo em campo para levantar a taça da Copa do Rei, num jogo de tirar o fôlego que marcou a reinauguração do Estadio de La Cartuja, em Sevilha, após ampla reforma para receber a Copa do Mundo de 2030. Quem esteve lá viu história acontecer: o Barcelona venceu por 3 a 2, em uma prorrogação eletrizante, garantindo o maior número de títulos do torneio na Espanha, agora com 32 conquistas.

Só o clima já era de tensão máxima. Depois de dez anos sem se enfrentar numa decisão de Copa — a última tinha sido em 2014 — o clássico espanhol entregou tudo o que se espera e mais um pouco. O primeiro tempo foi marcado por maior domínio do Barça, coroado com um golaço de fora da área do meio-campista Pedri aos 28 minutos. A torcida catalã fazia a festa, mas ninguém no estádio duvidava que faltava muita emoção pela frente.

No segundo tempo, a resposta do Real Madrid pareceu questão de tempo. Carlo Ancelotti colocou Mbappé, reforço de peso contratado nesta temporada, e o francês precisou de apenas 25 minutos em campo para bater uma falta e empatar a partida, aos 70. O Madrid ganhou confiança e virou sete minutos depois, com Tchouaméni subindo mais que a zaga catalã para cabecear na rede. A virada incendiou a torcida blanca, mas a comemoração durou pouco. Ferran Torres apareceu bem posicionado para igualar o placar aos 84 minutos, levando a decisão de novo para o suspense da prorrogação.

Gol salvador no fim e campanha invicta reacendem sonho do Barça

Na prorrogação, o relógio pesava e o menor erro poderia ser fatal. O Real tentava pressionar, mas foi o Barcelona quem teve mais fôlego. Aos 116 minutos, já quando todos pensavam nos pênaltis, Brahim Díaz achou Koundé dentro da área, e o zagueiro bateu colocado para vencer Courtois. A explosão azul-grená tomou conta do estádio. Era o gol do título e também um alívio para terminar uma seca de quatro anos sem levantar a Copa do Rei. O Real Madrid ainda tentou reagir, mas não conseguiu romper a barreira imposta pelo Barça.

O caminho do Barcelona até a final foi marcado por goleadas convincentes: despachou o Barbastro por 4 a 0, atropelou Betis (5 a 1) e Valencia (5 a 0) e superou o Atlético de Madrid (4 a 4, 1 a 0 no agregado). O Real, por sua vez, também teve duelos animados: atropelou o Minera (5 a 0), passou por Celta Vigo já na prorrogação (5 a 2), deixou o Leganés para trás por 3 a 2 e eliminou a forte Real Sociedad (1 a 0 e depois um 4 a 4 eletrizante no agregado).

Essa vitória reacende não só o protagonismo histórico dos catalães em Copas, mas também alimenta um sonho ainda maior. O time segue com chances reais de conquistar a tríplice coroa na temporada: já está nas semifinais da Liga dos Campeões da Europa, onde encara a Inter de Milão, e lidera LaLiga com quatro pontos à frente do próprio Real Madrid. A confiança está em alta, e a fome de títulos parece maior do que nunca para quem já bateu a marca recorde na Copa do Rei.