Quando Paolla Oliveira, atriz da TV Globo, recebeu a notícia de que sua personagem Heleninha Roitman seria salva de um suicídio, o clima nos bastidores mudou de tensão para alívio.
Na quinta‑feira, 3 de outubro de 2025, o capítulo de Vale Tudo deixou o público com o coração na mão: Heleninha desapareceu, sinalizando um possível fim trágico. Contudo, no próximo episódio, o publicitário Renato, interpretado por João Vicente de Castro, chega a tempo e impede a decisão fatal.
Contexto da novela Vale Tudo
O remake de Vale Tudo, criado por Manuela Dias e exibido de segunda a sábado às 21h20 na TV Globo, revisita a trama icônica de 1988 com novos roteiros, personagens ampliados e uma abordagem mais contemporânea sobre poder e corrupção.
A versão atual traz, entre outros, a personagem Heleninha – uma artista plástica que luta contra o alcoolismo e um passado cheio de sombras. Enquanto a novela avança rumo ao seu desfecho, os telespectadores acompanham reviravoltas que lembram, porém surpreendem, a história original.
Desenvolvimento da trama de Heleninha
Após o desaparecimento no capítulo de 3 de outubro, a narrativa revela que Heleninha, abalada pelos segredos familiares – sobretudo a suposta culpa pela morte do irmão Leonardo – retoma o consumo de álcool e, em desespero, decide pôr fim à própria vida.
- Leonardo, que na versão de 1988 morria em um incêndio, aparece vivo nesta trama, criando um novo ponto de conflito.
- Ruth, ex‑empregada de Odete Roitman, ainda não revelou a verdade que poderia libertar Heleninha.
- Renato recebe uma carta de despedida escrita por Heleninha, o que o leva a buscar a artista antes que seja tarde.
Quando Renato chega ao apartamento, ele encontra Heleninha à beira da porta, segurando a carta. Em uma cena carregada de emoção, ele a segura pelos ombros e, com voz firme, a convence a procurar ajuda nos Alcoólicos Anônimos – referência à história original.
Reações de elenco e equipe
Paolla Oliveira, ao encerrar as gravações da cena, emocionou-se ao afirmar que “se salvar através da Heleninha tem sido a maior lição da minha carreira”. Em entrevista ao programa Jornal Hoje, ela destacou a importância de retratar o alcoolismo de forma sensível, sem glamourizar o sofrimento.
João Vicente de Castro, que interpreta Renato, ressaltou que o personagem foi escrito como “a mão que impede o abismo”. Ele contou que o roteiro de “salvar Heleninha” foi desenvolvido nos últimos dias da produção, justamente para oferecer ao público um final mais esperançoso.
Debora Bloch, que reincarna a vilã Odete Roitman, teve seu próprio momento de destaque no capítulo de 6 de outubro, quando seu personagem encontra um fim violento,‑um ponto que reforça a ideia de justiça poética na série.
Comparação com a versão original de 1988
Na novela clássica, Heleninha, ao descobrir que não era responsável pela morte de Leonardo nem pelo incêndio que quase matou Tiago, encontra libertação. O apoio de William (Dennis Carvalho) a conduz a frequentar os Alcoólicos Anônimos e, ao final, organizar uma exposição de arte que simboliza sua superação.
O remake traz diferenças marcantes: Leonardo está vivo, o que altera a dinâmica de culpa; o papel de William não foi mantido, e Renato assume a função de “salvador”. Além disso, enquanto a trama original concluía com Heleninha livre do álcool, a versão de 2025 ainda deixa espaço para processos de recuperação, indicando que a jornada está longe de terminar.
Impacto e expectativas para o desfecho
Os televidentes, já acostumados a finais dramáticos, receberam a escolha de não matar Heleninha como uma lufada de ar fresco. As redes sociais explodiram com mensagens de apoio à personagem e elogios ao trabalho da produção em tratar temas sensíveis como o suicídio com responsabilidade.
Especialistas em saúde mental destacam que a forma como a novela abordou o suicídio – mostrando a intervenção de um amigo próximo – pode influenciar positivamente o público, estimulando a busca por ajuda.
Para a equipe da TV Globo, a reta final de Vale Tudo promete ainda mais confrontos: Odete Roitman já foi assassinada, mas as intrigas entre Maria de Fátima (Bella Campos), Marco Aurélio (Alexandre Nero) e César (Cauã Reymond) continuam a mover o eixo da trama.
Em resumo, a decisão de salvar Heleninha pode mudar o tom da novela, transformando o clima de fatalismo em esperança, enquanto mantém o suspense que já caracteriza o clássico.
Perguntas Frequentes
Como a decisão de Renato afeta a trajetória de Heleninha?
Renato impede o suicídio, permitindo que Heleninha busque tratamento nos Alcoólicos Anônimos. A escolha abre espaço para um arco de recuperação, alinhado com a mensagem de superação presente na versão original.
Quais diferenças principais existem entre o remake de 2025 e a novela de 1988?
No remake, Leonardo está vivo, Renato substitui William como apoio, e Heleninha ainda luta contra o alcoolismo. Na versão de 1988, ela já estava sóbria e organizava uma exposição de arte ao final.
O que a morte de Odete Roitman significa para a trama?
A eliminação de Odete intensifica a luta de poder entre Maria de Fátima, Marco Aurélio e César, deslocando o foco da vilã para novos antagonistas e preparando o palco para o clímax da novela.
Qual o impacto da cena de suicídio nas discussões sobre saúde mental?
Especialistas apontam que mostrar uma intervenção eficaz – como a de Renato – pode incentivar espectadores a procurar ajuda, reduzindo o estigma em torno do suicídio e do alcoolismo.
Quando chegará o último capítulo de Vale Tudo?
A reta final está programada para terminar na primeira semana de novembro de 2025, com o último episódio previsto para o dia 5 de novembro, horário nobre da TV Globo.
vania sufi
Que bom ver a Globo abordando o suicídio de forma responsável, mostrando que a gente pode ser a mão que impede o abismo. A cena do Renato salva a Heleninha traz esperança e pode inspirar quem está passando por momentos difíceis a procurar ajuda.
Flavio Henrique
É misterioso observar como a narrativa televisiva reflete os dilemas existenciais da contemporaneidade; ao transpor a tragédia pessoal de Heleninha para o espectro da redenção coletiva, o texto revela uma tapeçaria de simbolismos, onde o ato de interromper o suicídio emerge como epifania moral, constituindo, pois, um eixo pivotante que convoca o espectador à reflexão ética profunda.
Lilian Noda
Renato chegou na hora certa e salvou Heleninha.
Ana Paula Choptian Gomes
Prezados leitores, cumpre‑me registrar que a intervenção de Renato representa, de maneira inequívoca, um marco narrativo de relevância extraordinária; ao impedir o suicídio, o autor não apenas preserva a vida da personagem, mas também reafirma o compromisso da produção com a responsabilidade social; tal atitude merece aplausos efusivos.
Carolina Carvalho
Assistindo ao desfecho recente de Vale Tudo, fui invadida por uma sensação quase palpável de alívio ao ver Heleninha ser salva; a trama, que há semanas mantinha todos em suspense, encontrou um ponto de virada que reflete a complexidade da condição humana, onde a esperança pode surgir nos momentos mais sombrios. A escolha de substituir William por Renato como figura de apoio traz uma dinâmica fresca, permitindo que o público explore novas facetas de amizade e lealdade. O roteiro habilmente ilustra o peso das decisões individuais, reforçando que um gesto de empatia pode mudar destinos. Cada cena que antecede o encontro dos dois personagens foi construída com cuidado meticuloso, evidenciando a dedicação da equipe de direção. O olhar de Paolla Oliveira, ao perceber a vulnerabilidade da Heleninha, intensifica o drama sem cair em melodrama barato. As falas de João Vicente de Castro são carregadas de firmeza, mas ainda assim mantêm a sensibilidade necessária para não banalizar o sofrimento. O fato de a história ainda abordar o álcool como batalha constante demonstra um compromisso com a verossimilhança, ao invés de fechar o arco de forma simplista. O apoio da comunidade de fãs nas redes sociais reforça a importância de retratar o suicídio com cautela, evitando gatilhos e oferecendo recursos de ajuda. Especialistas citados no artigo corroboram que intervenções como a de Renato podem incentivar quem assiste a buscar apoio profissional. Além disso, a presença dos Alcoólicos Anônimos como caminho de recuperação traz representatividade a grupos muitas vezes marginalizados. Mesmo com a trama avançando rumo ao clímax, ainda há espaço para aprofundar a jornada de cura da Heleninha, o que enriquece a narrativa. O contraste entre a versão original de 1988 e o remake atual destaca a evolução da televisão brasileira em termos de responsabilidade social. Vale ressaltar que a morte de Odete Roitman, embora chocante, abre caminho para que novos antagonistas exercitem seu papel, mantendo o suspense. Por fim, a cena final, onde Renato segura Heleninha pelos ombros, simboliza a força de laços humanos que transcendem o drama televisivo, oferecendo ao público uma lição de solidariedade duradoura.
Joseph Deed
A cena foi bem escrita, mas acho que poderia ter mostrado um pouco mais do processo de recuperação nos A.A., para dar mais realismo ao assunto.