Contexto e expectativas antes da partida
O confronto entre Fortaleza e Atlético Bucaramanga, marcado para 13 de maio de 2025, era um dos pontos altos da quinta rodada do Grupo E da Libertadores. O Leão do Pici chegava ao encontro sem derrota nos últimos seis jogos, com quatro jogos sem sofrer gols e nove gols marcados em casa nas duas partidas de maio. Esse desempenho fez com que analistas e casas de apostas o colocassem como favorito avassalador.
Do outro lado, o time colombiano mostrava sérias dificuldades ofensivas. Apenas uma das sete últimas partidas em todas as competições terminou com mais de um gol marcado. Na Libertadores, a situação era ainda pior: três derrotas nos últimos quatro jogos fora de casa e nenhum gol marcados nesses confrontos. A vitória anterior, diante de um adversário argentino, trouxe um leve alívio ao garantir a primeira limpeza de rede em seis jogos.
Os mercados de apostas refletiram bem a disparidade: odds de -175 para o Fortaleza (aprox. 1,58 decimal), indicando 64% de chance implícita. O Atlético Bucaramanga figurava como azarão a +550 (cerca de 6,5 a 7,2 decimal), enquanto o empate estava cotado em +275 (3,75 a 4,10 decimal). Analistas recomendavam o handicap asiático -1,5 para o time brasileiro e sugeriam um placar de 2-1. No total de gols, a tendência apontava para menos de 2,5 gols, dadas as médias recentes das equipes.
- Fortaleza: últimos 6 jogos – 4 vitórias, 2 empates, 0 derrotas.
- Gols marcados em casa (maio): 9; gols sofridos: 0.
- Atlético Bucaramanga: últimos 7 jogos – 2 vitórias, 2 empates, 3 derrotas.
- Gols marcados fora de casa na Libertadores: 0 nos últimos 4 jogos.

O que o empate de 0 a 0 mudou
Quando o apito final soou, o placar mostrava um inesperado 0 a 0. O resultado quebrou todas as projeções de um triunfo confortável do Fortaleza e trouxe um ponto valioso ao visitante colombiano.
Para o Fortaleza, o ponto perdido pode comprometer a classificação automática ao fim da fase de grupos. Até então, a equipe liderava o Grupo E com duas vitórias e um empate, mas a margem de vitória diminuiu, abrindo espaço para que o Atlético Bucaramanga, agora com três pontos, alcance a segunda posição se mantiver o ritmo.
Já para o Atlético Bucaramanga, o empate representa um alívio tático. A defesa, que vinha mostrando fragilidade, conseguiu neutralizar um ataque brasileiro em plena casa. O treinador colombiano elogiou a disciplina do elenco e destacou a importância de levar o ponto para manter viva a esperança de avançar.
O árbitro da partida, o paraguaio Derlis López, mostrou-se rigoroso, distribuindo cinco cartões amarelos e um vermelho ao longo dos 90 minutos. Seu histórico recente — 47 amarelos e 2 vermelhos em nove jogos internacionais — indicou um estilo de arbitragem que favorece o controle da partida, o que pode ter contribuído para o ritmo mais contido.
Financeiramente, as casas de apostas sofreram um revés: quem apostou no handicap -1,5 do Fortaleza ou no placar exato de 2-1 viu suas previsões anuladas, enquanto os que escolheram o empate ou apostas de "under 2,5 gols" obtiveram retorno positivo.
Em termos de classificação, o Grupo E chegou à sexta rodada com Fortaleza com 7 pontos (2 vitórias, 1 empate), Atlético Bucaramanga com 4 pontos (1 vitória, 1 empate) e os outros dois clubes ainda lutando por pontos. O próximo confronto do Fortaleza será contra o mesmo rival colombiano, agora em casa, o que traz a possibilidade de recuperar os dois pontos perdidos.
A partida também destacou a importância de analisar fatores além das estatísticas de gols. A pressão de jogar em casa, a postura defensiva do árbitro e a necessidade de pontuar a qualquer custo foram elementos decisivos que derrubaram as previsões baseadas apenas em números.