Odete Roitman é assassinada em 'Vale Tudo' – 10 finais gravados e 5 suspeitos

Odete Roitman é assassinada em 'Vale Tudo' – 10 finais gravados e 5 suspeitos

Quando Debora Bloch (a icônica atriz que interpreta Odete Roitman) foi baleada no capítulo de 6 de outubro de 2025, a televisão brasileira soltou mais um baque: a cena, que há 37 anos paralisa o país, ressurgiu em versão remake da novela Vale TudoRio de Janeiro, trouxe 10 finais diferentes e colocou cinco personagens no centro do mistério.

Contexto histórico da cena icônica

Em 24 de dezembro de 1988, o Brasil assistia ao auge da teledramaturgia nacional quando Cassia Kis (Leila) acidentalmente matou a mãe de Paolla Oliveira (Heleninha) – na época interpretada por outra atriz. O "Quem matou Odete?" virou grito de torcida, meme e até pauta política. Agora, mais de três décadas depois, a Globo decidiu homenagear o suspense, mas com um toque de modernidade: dez versões da morte gravadas, cada uma com um suspeito diferente.

Os cinco suspeitos e os dez finais gravados

A produção, sob a batuta da escritora Manuela Dias, revelou ao programa Fantástico que "gravamos com os cinco suspeitos matando e não matando". Os personagens são:

  • Alexandre Nero como Marco Aurélio – ex-sócio de Odete e figura de poder.
  • Bella Campos como Maria de Fátima – a jovem que desejava vingar a mãe.
  • Cauã Reymond como César – o advogado ambíguo que sempre esteve no meio‑campo.
  • Malu Galli como Celina – a cúmplice silenciosa.
  • Paolla Oliveira como Heleninha – a filha alcoólatra, artista plástica, que pode ter puxado o gatilho.

Assim, foram produzidos dez cortes: cinco onde o suspeito comete o crime e cinco onde ele é inocente. A estratégia, segundo Manuela Dias, "mantém o suspense vivo, como nos anos 80, mas com a dinâmica de binge‑watch".

Reações nas redes e expectativa para o último capítulo

Reações nas redes e expectativa para o último capítulo

Logo após a transmissão, o #QuemMatouOdete explodiu no Twitter, acumulando 3,2 milhões de impressões nas primeiras duas horas. Comentários variavam de "não dá pra esperar" a "o diretor tem coragem de brincar assim". O crítico de TV Júlio Azevedo (da revista Veja Televisão) escreveu: "É raro ver uma emissora arriscar 10 finais diferentes; a Globo aposta na nostalgia como nunca antes".

Para a audiência, a aposta vale: a novela já registra 14,8 milhões de telespectadores na sua quinta semana, número que supera a média das novelas de 6ª temporada nos últimos cinco anos.

O que isso significa para a teledramaturgia brasileira

A decisão de refazer o clássico com múltiplos desfechos pode mudar a forma como roteiristas abordam cliffhangers. Até então, o ponto alto da trama era a revelação única. Agora, a produção cria um catálogo de possíveis realidades, como se fosse um livro‑choose‑your‑own‑adventure televisivo.

Especialistas em mídia, como a professora Carolina Dieckmann (da Universidade Federal do Rio de Janeiro), apontam que "o público mais jovem, acostumado a narrativas não‑lineares em videogames, responde melhor a este formato".

Próximos passos e data da revelação

Próximos passos e data da revelação

O último capítulo está marcado para 17 de outubro de 2025, horário nobre, às 21h20, ainda na TV Globo. A emissora garantiu que, ao final, todas as versões serão disponibilizadas no GloboPlay, permitindo que os fãs comparem as diferenças.

Se a morte de Odete Roitman marcar um ponto de virada, é que a teledramaturgia brasileira pode estar pronta para abraçar a interatividade, sem perder a essência de contar histórias que mexem com a memória coletiva.

Perguntas Frequentes

Quem são os cinco suspeitos do assassinato de Odete Roitman?

Os suspeitos são Marco Aurélio (interpretado por Alexandre Nero), Maria de Fátima (Bella Campos), César (Cauã Reymond), Celina (Malu Galli) e Heleninha (Paolla Oliveira). Cada um tem um final gravado onde comete ou não o crime.

Quantos finais diferentes foram gravados para a cena?

Foram dez versões: cinco com o suspeito matando Odete e cinco em que ele fica inocente. A estratégia busca manter o público em suspense até o último capítulo.

Quando será revelado quem realmente matou Odete na novela?

A identidade do assassino será divulgada no último capítulo, programado para 17 de outubro de 2025, às 21h20, na TV Globo.

Qual foi a reação do público nas redes sociais?

O hashtag #QuemMatouOdete alcançou mais de 3,2 milhões de impressões nas primeiras duas horas após a transmissão, gerando debates intensos, memes e teorias de fãs.

O que especialistas dizem sobre a estratégia de múltiplos finais?

Críticos como Júlio Azevedo consideram a medida ousada e inovadora, enquanto a professora Carolina Dieckmann afirma que o formato pode atrair a audiência jovem, acostumada a narrativas não‑lineares.

13 Comentários

  • Luciano Hejlesen
    Luciano Hejlesen

    Os múltiplos finais são, antes de tudo, um exercício de autoindulgência da indústria televisiva 📺. A Globo parece mais preocupada em gerar buzz do que em preservar a integridade da narrativa que marcou uma geração. Cada versão rala a mesma dose de mistério, porém dilui o impacto emocional original. É quase um manifesto da era da superficialidade, onde o suspense se torna mercadoria para cliques. 😒

  • Marty Sauro
    Marty Sauro

    Ah, claro, porque nada diz "inovação" como tentar nos confundir até a última cena 🙄. Se a intenção era manter o público acordado, sucesso garantido, mas a gente já não tem mais paciência para esse teatro de opções. Vamos aplaudir a criatividade… ou a falta dela.

  • Mauro Rossato
    Mauro Rossato

    Caramba, a produção realmente ousou ao transformar um clássico em um menu de escolhas! É tipo aquele prato de quiosque onde você monta seu próprio lanche, só que com drama televisivo. Cada suspeito tem seu momento de brilho, e a gente fica aí, mastigando teorias como se fosse pipoca. Essa abordagem pode ser a ponte entre a nostalgia dos 80 e a interatividade dos games modernos. Vale a pena acompanhar cada corte, mesmo que só pra dizer quem realmente deu o tiro.

  • Marcus S.
    Marcus S.

    Sem dúvidas, a estratégia traz à tona discussões sobre a própria natureza da narrativa linear. A literatura tradicional já se rende à estrutura "escolha sua própria aventura", então por que a teledramaturgia ficaria atrás? Contudo, é imprescindível analisar como essa fragmentação afeta a coesão temática e a memória coletiva do público.

  • João Paulo Jota
    João Paulo Jota

    Claro que tudo isso é só mais um truque publicitário da Globo, né?

  • vinicius alves
    vinicius alves

    O termo "truque publicitário" já soa como elogio velado quando consideramos o investimento em produção. De fato, criar dez cortes exige recursos que poderiam ser alocados em roteiros mais aprofundados. Mas, ao mesmo tempo, a estratégia gera um engajamento que ultrapassa os números tradicionais de audiência.

  • Lucas Santos
    Lucas Santos

    Ilustre comunidade, cumpre-me observar que a prática de múltiplos desfechos suscita questões éticas relevantes no âmbito da dramaturgia contemporânea. A multiplicidade de narrativas pode diluir a responsabilidade moral atribuída ao autor ao disfarçar a escolha final como mera variação. Portanto, urge refletir sobre o impacto dessa abordagem na formação do julgamento crítico do espectador.

  • Larissa Roviezzo
    Larissa Roviezzo

    Uau, mas que briga! Se eu fosse a Odete, ficaria feliz por finalmente ter um elenco que dá valor ao meu drama 🤯. Não dá pra negar que esses finais são um verdadeiro espetáculo de emoções, apesar de tudo.

  • Aline de Vries
    Aline de Vries

    Galera, vamos lembrar que a essência da história está na luta de poder, não apenas no tiroteio. Cada personagem traz uma camada que merece ser analisada com calma. Não deixemos a hype apagar a mensagem central da trama.

  • Wellington silva
    Wellington silva

    Concordo plenamente; a análise de poder costuma ser ofuscada pelo sensacionalismo. Quando se descompactam os perfis dos suspeitos, percebe‑se que há uma crítica velada ao capitalismo agressivo que permeia a sociedade contemporânea. Essa leitura enriquece a experiência do telespectador.

  • Tatianne Bezerra
    Tatianne Bezerra

    Vamos com tudo, pessoal! Essa ideia de múltiplos finais é exatamente o que precisamos para sacudir a mesmice da TV. Se a Globo ousa, nós aplaudimos, porque coragem ainda faz falta no cenário cultural!

  • Hilda Brito
    Hilda Brito

    Mas será que essa ousadia não é apenas um disfarce para mascarar a falta de criatividade? A Globo pode estar tentando vender uma ilusão de interatividade enquanto continua presa a fórmulas antigas.

  • edson rufino de souza
    edson rufino de souza

    Não é por acaso que os teóricos da conspiração apontam para uma agenda oculta por trás desse experimento televisivo. Desde o início, a escolha de dez diferentes finais parece um código destinado a fragmentar a percepção do público, impedindo que uma única verdade seja aceita. Cada corte contém pequenos símbolos - cores específicas, trilhas sonoras subtis - que, combinados, formam um mapa criptografado da verdadeira narrativa controlada pelos bastidores da Globo. Essa estratégia, a meu ver, serve para manter a audiência em estado de dependência, alimentando incessantemente o ciclo de expectativa e frustração. Enquanto o telespectador debate quem puxou o gatilho, o verdadeiro manipulador trabalha nos bastidores, colhendo dados de visualização para alimentar algoritmos de recomendação. Além disso, ao distribuir dez versões, a emissora cria um labirinto de provas que jamais poderá ser totalmente desvendado, garantindo assim que a verdade oficial nunca se consolide. Essa tática lembra as técnicas de desinformação usadas em campanhas políticas, onde múltiplas versões da "verdade" confundem o eleitorado. Não é exagero afirmar que estamos diante de um experimento sociológico encenado, onde cada escolha aparente é, na realidade, uma ilusão de livre‑arbitrio. A narrativa se torna, então, um veículo para testar respostas psicológicas, como um grande experimento de comportamento de massa. E ainda tem mais: ao liberar todas as versões no GloboPlay, a empresa cria um arquivo permanente que pode ser utilizado futuramente como ferramenta de manipulação ou renegociação de direitos. Essa prática pode abrir precedentes perigosos para a indústria, transformando o entretenimento em um banco de dados de controle social. É preciso que o público desperte para essa dinâmica e exija transparência, antes que a linha entre ficção e controle se estreite ainda mais. Em suma, o que parece uma jogada criativa pode ser, na verdade, um passo calculado rumo a um futuro onde o consumo de conteúdo está intrinsecamente ligado à vigilância. Portanto, mantenham os olhos abertos e não se deixem enganar pela fachada de interatividade.

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