Zumbi dos Palmares: quem foi e por que ainda importa
Se você está lendo isso, provavelmente já ouviu o nome Zumbi dos Palmares em alguma conversa, no jornal ou no feed das redes. Mas quem realmente foi esse homem e por que ele continua tão presente nas nossas ruas, nas escolas e nos debates atuais?
Zumbi nasceu em 1655, dentro do Quilombo dos Palmares, um dos maiores refúgios de escravos fugitivos do Brasil colonial. Quando o líder do quilombo, Ganga Zumba, fez um acordo de paz com os portugueses, Zumbi não aceitou. Ele decidiu lutar pela liberdade completa, sem compromisso. Em 1695, após a queda de Palmares, Zumbi conseguiu escapar e continuou a organizar resistência até ser capturado e morto em 20 de novembro de 1695.
O legado de Zumbi no Ceará
Embora Palmares estivesse em Alagoas, a força de Zumbi ecoa em todo o Nordeste, especialmente no Ceará. A data de sua morte, 20 de novembro, virou o Dia da Consciência Negra, um feriado que lembra a luta contra o racismo e celebra a cultura afro-brasileira. Em Fortaleza, Recife e outras cidades cearenses, escolas organizam palestras, rodas de capoeira e projetos de arte que contam a história de Zumbi para jovens.
Além disso, a influência de Zumbi está nas expressões culturais: o samba de roda, o maracatu, o repente e até na gastronomia, com pratos como o feijão de corda que carregam a história da resistência. Quando um artista cearense incorpora símbolos de Zumbi em suas músicas ou pinturas, ele está reforçando a identidade negra do estado e lembrando que a luta por justiça ainda não acabou.
Como Zumbi inspira ações atuais
Hoje, grupos de direitos humanos, como o Conselho da Igualdade Racial do Ceará, usam o exemplo de Zumbi para cobrar políticas públicas que combatam a desigualdade. Eles defendem cotas em universidades, programas de valorização da cultura afro e investimentos em áreas historicamente marginalizadas.
Se você quer se envolver, procure ONGs locais que promovem educação antirracista, participe de mutirões de limpeza em comunidades ou apoie negócios negros. Cada ação, por menor que pareça, mantém viva a chama que Zumbi acendeu há mais de 300 anos.
Então, da próxima vez que alguém mencionar Zumbi dos Palmares, lembre-se: não é só história, é um convite para transformar o presente. O quilombo pode ter caído, mas o espírito de resistência continua firme nos corações cearenses e em todo o Brasil.